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Estamos sempre a tempo de Flo(rir)

Desenvolvimento Pessoal & Educação

Estamos sempre a tempo de Flo(rir)

Desenvolvimento Pessoal & Educação

21
Abr21

A arte de se conectar

Família e Educação

O meu filho não fala comigo! Está-se sempre a escapar…

O meu filho não me ouve e não faz o que tem de fazer.         

 Lá em casa não conseguimos ter conversas tranquilas ou produtivas ...

As crianças estão cada vez mais percetivas e ligadas. Elas conectam-se naturalmente, não com aquilo que dizemos (e quem já não deu por isso?), mas com aquilo que veem, com aquilo que sentem e com aquilo que facilmente conseguem “ler” sobre aquilo que não é dito, mas pensado. Parece que as crianças do século XXI vêm equipadas com um novo software que lhes permite comunicar de uma forma diferente daquela a que sempre estivemos habituados.

Hoje em dia é mais difícil “enganá-las” com palavras, a menos que elas se deixem levar por interesse próprio. Elas percebem quando estamos a tentar manipulá-las e os nossos esforços mais “clássicos” tornam-se infrutíferos e desgastantes. Rapidamente percebemos que aquilo que resultou connosco quando éramos crianças, já não resulta mais! Algo mudou, mas não sabemos bem o quê, nem o que de melhor podemos fazer. Os miúdos não vieram com manual de instruções!

As crianças e os jovens da atual geração (Geração Z) têm muito mais informação à sua disposição, são mais hábeis na conexão à distância e são mais percetivos em alguns aspetos. Porém, não estão mais preparados, não são mais maduros nem têm a necessária habilidade cognitiva para conseguir lidar com tanta informação e tanta sensação que lhes chega pelos mais variados meios e das mais variadas formas.

Hoje mais do que nunca, as crianças e os jovens necessitam da presença e do apoio atento do adulto para conseguirem lidar com essa pilha de informação e de emoção. Sim, agora que a vida também exige cada vez mais de nós, em que o tempo foge, em que a segurança e a estabilidade social e familiar são horizontes sempre longínquos, estamos ao mesmo tempo a ser chamados para sermos mais conscientes e assertivos nas nossas escolhas e atitudes na educação da geração mais nova. Não está fácil!

Aquilo que funcionou connosco quando éramos crianças, não funciona com os nossos filhos. Nós “virámo-nos” praticamente sozinhos. Ok, mas sejamos honestos … isso teve um preço emocional que muitas vezes evitamos enfrentar e revelar, até para nós mesmos. Será que queremos o mesmo para os nossos filhos? Mesmo agora, e depois de saber que atualmente eles vivem um tempo pleno de desafios em que uma intervenção presente e orientadora do “adulto cuidador” pode ser basilar num crescimento equilibrado e emocionalmente saudável? Verdadeira e certamente, não é isso que desejamos para os nossos os filhos.

“Os meninos não têm querer”! Esta frase que sistematicamente ouvi na minha infância, sempre me irritou profundamente desde a mais tenra idade. A única maneira que encontrei para lidar com ela foi deixar crescer uma raiva dentro de mim, que sempre me levou a responder em surdina: “Quando eu crescer tu vais ver!”. Se cresci? Cresci. Mas não foi bom. Levei muitos anos a descodificar tanta emoção reprimida dentro de mim.

De alguma forma, a tendência geral para menosprezar as opiniões, problemas, sentimentos e emoções das crianças e jovens (simplesmente porque “isso vai passar”), deixa a criança a lidar sozinha com desafios para os quais, segundo a neurociência, ainda não tem desenvolvido os recursos mentais necessários para tal. Os “problemas” das crianças e dos jovens são problemas reais, de pouca dimensão para o adulto, mas de enorme dimensão na perspetiva dessa criança ou jovem. Fazem parte da sua plataforma de aprendizagem e de crescimento, e ignorá-los ou fingir que é normal e que está tudo bem, não ajuda. Por outro lado, aprender a lidar com eles de forma positiva, consciente e deliberada … ajuda. Por isso, qualquer intenção de conexão dos pais com os seus filhos necessitará partir deste pressuposto de respeito pelos sentimentos e emoções que a criança ou o jovem estão a sentir naquele momento, sem desvalorizar ou julgar, mas compreendendo e acolhendo. A password de acesso a uma eficaz conexão com os nossos filhos passa primeiro pelo reconhecimento da sua “dor”.

Então, o QUE é importante para uma boa conexão com as crianças e jovens?

1 - Ter noção que cada família tem a sua especificidade e o seu modo próprio de funcionar. Por isso não existem receitas nem uma solução única que funcione para todas as famílias. Porém existem princípios que podem ajudar os pais a encontrarem a solução que funciona melhor no seu sistema familiar. A coragem de experimentar novas abordagens ou de mudar algo em si próprio, pode impactar muito positivamente a rotina e o ambiente familiar.

2 - Colocar a password de acesso através de uma verdadeira conexão emocional, possibilitando assim uma profunda conexão racional. Para uma conexão eficaz, teremos de ativar as duas em simultâneo. Esse é o caminho para a criança ou o jovem se sentirem parte desse grupo/família.

3 - Ter uma comunicação clara sem escamotear aquilo que verdadeiramente se pensa ou se sente – dar o exemplo ao exprimir os seus próprios problemas ou desafios e as suas próprias emoções, estimula as crianças e os jovens a fazerem o mesmo e evita reações intempestivas ou descontroladas, tão prejudiciais ao bem-estar familiar.

4 - No relacionamento com a criança e/ou jovem, é importante não partir de pressupostos e alimentar uma genuína curiosidade para aceder ao mundo da criança e/ou do jovem. Ou seja, antes de presumir, julgar ou criticar, é melhor perguntar para compreender (e não apenas para sugerir ou mandar).

5 - Não perguntar “porquê” a criança ou o jovem fez o que fez (ela não tem o desenvolvimento neurocerebral para responder!!) nem cobrar coisas do passado. Em contrapartida, focar-se na solução, ser pragmático e partir do momento presente para aquilo que se pretende que aconteça.

6 - Estimular a autorresponsabilidade, levando a criança ou o jovem a perceber o que está a acontecer e o que pode fazer para obter um resultado que sirva melhor os seus desejos, bem como os das outras pessoas.

7 - Manter um diálogo valorativo daquilo que a criança ou o jovem diz, praticando uma escuta que inclua os seus sentimentos e opiniões na solução encontrada e colocada em prática.

8 - Ter uma comunicação auditiva – não explicar ou apenas falar, mas “ouvir com os olhos”, olhando olho no olho e elevando ligeira e suavemente as sobrancelhas como sinal de aceitação, entrega e acolhimento do momento (conexão emocional).

9 - Ter mais foco na dinâmica emocional da relação e não tanto nos detalhes objetivos do conteúdo.

10 - Entrar no mundo da criança ou do jovem partilhando com prazer os seus interesses e participando nas suas brincadeiras e/ou atividades (aumenta a ocitocina, hormona do bem-estar).

11 - Tratar as pessoas do modo que elas gostam ou preferem ser chamadas aumenta a conexão e cria aproximação. Pergunte sempre aos seus alunos ou ao seus filhos como gostariam de ser tratados e chame-os dessa forma.

A conexão entre pais e filhos não acontece apenas "porque sim"! Não obstante e para tal, não precisamos ser pais e/ou educadores perfeitos ou muito populares. Precisamos apenas de ser pais ou educadores conscientes, coerentes ... humanamente falíveis e simplesmente felizes.   

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Fonte: ICIJ – Programa TeenCoaching - Método GrowCoaching

07
Abr21

A Arte de Elogiar

Educação

De um modo geral, não fomos elogiados quando éramos crianças. Também não fomos incentivados nem aprendemos a elogiar os outros. Muitos de nós ainda hoje ficam desconfortáveis quando são elogiados e caiem na armadilha de desvalorizar o elogio que lhes é oferecido.

Para que os nossos filhos não percorram o mesmo destino, precisamos de estar atentos para semear um caminho de maior autoestima e empatia. A crítica e o julgamento levam, tal como nos levaram a nós, a estratégias de defesa e de autoproteção, culminando em inseguranças internas e naquela nossa inconfessável falta de autoconfiança.

Porém, não são só os elogios que recebemos que regam a nossa autoestima. Há estudos científicos que apontam para uma tendência de as pessoas se definirem umas às outras de acordo com os três adjetivos que cada um mais utiliza. Ou seja, ao elogiarmos criamos uma corrente positiva em que as palavras que usamos para elogiar o outro ou as circunstâncias, constroem a perspetiva que os outros têm sobre nós. Assim, quanto mais elogiamos, mais o elogio que fazemos passa a fazer parte de nós, mais cadeias positivas se instalam e mais incorporamos esses aspetos positivos na nossa autoestima.⁣

Assim sendo, aprender a dar e a receber elogios é uma premência de adultos e crianças. E a melhor maneira de o conseguir fazer de uma forma eficaz, é fazê-lo juntos. Esta é uma excelente possibilidade de crescimento familiar, em bem-estar e felicidade.

Como elogiar? Como elogiar qb, duma forma que seja eficaz e adequada, e na quantidade certa? Como saber o como e o quando? Só a experiência proporcionará as referências sobre o que é melhor para cada criança e para cada família. Contudo, aqui ficam algumas pistas.

Um elogio, para funcionar e ser acolhido e integrado no sistema de crenças da pessoa, deverá ser verdadeiro, específico e concreto, congruente e oportuno. Ui… tanta coisa! Não obstante, como tudo o que aprendemos de novo, parece complicado ao início, mas com a prática, vai-se tornando fácil e até automático.

Os REFORÇOS POSITIVOS ou elogios são mais eficazes quando focados no processo (no MODO DE ESTAR) e nas qualidades e habilidades passíveis de desenvolvimento, e não em atributos inatos e imutáveis (no MODO DE SER), como por exemplo “és muito lindo/inteligente”. Direcionados dessa forma, os elogios incentivarão a pessoa a acreditar mais nas suas próprias capacidades, bem como a estimularão a desenvolvê-las ainda mais.

Por exemplo, em vez de dizer: "És muito bom a andar de bicicleta”, dizer “És muito corajoso a aprender a andar de bicicleta".

Elogios do género: “És tão esperto, és tão inteligente, és tão bom”  … não só não funcionam como fazem com que a criança/adolescente fique com medo de arriscar, com medo de falhar e de não corresponder à (elevada) imagem que as pessoas têm dela. A alternativa é reforçar-lhe a confiança em si mesma, promover o seu amor-próprio, a sua confiança, o seu esforço … evidenciando as conquistas do processo e não só o resultado.

Existem aspetos a ter cuidado, pois, estando presentes, retiram o PODER DO ELOGIO. É muito importante que não se banalize o elogio, que não se façam elogios comparativos com outras pessoas (não recorrer à comparação!), que não se antecipem recompensas antes do processo concluído e que não se exagere na forma e na frequência do elogio.

Um elogio credível na hora e momento certo pode fazer milagres com qualquer pessoa. E ainda, para além desses benefícios individuais e pessoais, a troca saudável de elogios em ambiente familiar e escolar será sempre uma central e impactante mais-valia na prosperidade emocional e cognitiva do próprio sistema.

Porém, é necessário não exagerar para que não se crie uma dependência emocional do reforço externo, dando espaço e permitindo à criança/jovem que encontre também a sua própria motivação independentemente da aprovação dos outros.

Aspetos a elogiar no dia-a-dia familiar e/ou escolar:

  • Diariamente, descrever o que se vê: “Uau, que quarto/material arrumado e limpo!”
  • Descrever o que se sente: “Gosto muito de estar contigo/ser teu professor”
  • Ajudar a avaliar o resultado tendo em consideração a sua opinião: “O que pensas sobre isto?”
  • Demonstrar que se confia: “Confio/Acredito em ti”
  • Reconhecer o esforço e/ou sofrimento: “Vejo que trabalhaste muito para conseguires isto”
  • Agradecer a ajuda e a contribuição: “Isso ajuda-me muito, muito obrigada”
  • Agradecer o tempo que passam juntos: “Obrigada por estares aqui comigo/me dares atenção”

As crianças e os jovens, por terem o seu cérebro límbico (emocional) pronto e o seu cérebro racional ainda em desenvolvimento tornam-se “esponjas“ emocionais, sem muita capacidade de filtrar cognitivamente aquilo que é dito pelos adultos (quanto mais novas mais a sua capacidade de abstração está ainda por desenvolver). Devido a este facto, devidamente comprovado pela neurociência, qualquer mudança que os pais/professores façam na forma de abordar e de se relacionar com os seus filhos/alunos, originará rápidas mudanças nas crianças também.

Estamos todos no mesmo barco, mas quem tem o leme na mão é o adulto! Aproveite para incentivar a criança/jovem a elogiá-lo também a si, e já agora receba o elogio dela com genuína atenção e afeição.

Quer uma dica para receber melhor os elogios? Sempre que alguém o elogiar, sorria e agradeça. Não ignore, não rejeite, não menospreze, não disfarce com palavras vãs, nem se apresse a devolvê-lo. CALA-SE, respire, simplesmente agradeça e sorria!

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18
Mar21

A arte de escutar para compreender

Educação - Relacionamentos

Muitos de nós, a maioria … ouve mais para responder do que para compreender …

Não é uma crítica. É um facto, consequência do nosso crescimento e formação, da nossa perspetiva sobre aquilo que os outros esperavam e exigiam de nós quando erámos crianças. Aprendemos a ouvir para responder. Aprendemos a ter medo de errar. Aprendemos a estar à defesa. Aprendemos a sobreviver. E também aprendemos que sobreviver é dar a resposta certa (entenda-se a resposta esperada)!

Por isso é muito natural que estejamos mais “programados” para “OUVIR PARA RESPONDER” do que para “OUVIR PARA COMPREENDER”.

Qual foi a última vez que, antes de responder com uma crítica ou um comentário sobre algo que discordava, se permitiu parar e olhar com curiosidade genuína para as coisas importantes que o outro dizia?

Qual foi a última vez que, antes de responder, se permitiu deixar de lado o seu ponto de vista e tentar ver as coisas da perspetiva do outro, apenas e só com a intenção de o compreender?

E … qual foi a última vez que EU, que agora vos escrevo, também o fiz? Pois, não com tanta frequência quanto o desejo, mas está tudo bem … é um caminho que se aprende a trilhar!

Que não se pense que sou dotada de extraordinárias habilidades e venho para aqui ensinar. Apenas posso estar eventualmente um pouco mais sensível a este assunto e ter esta vontade de fazer melhor, de acolher e de partilhar aquilo que me parece poder ajudar.

Acredito que a nossa vida se rege muito pela qualidade das nossas relações, sejam elas pessoais, profissionais ou familiares. E saber escutar de forma ativa e disponível para entender, em vez de reagir ou automaticamente responder, pode trazer um acrescido bem-estar, compreensão e satisfação pessoal, profissional e familiar aos nossos dias.

No que se refere à educação das nossas crianças e jovens, muito se poderá dizer. Uma das principais DORES DE INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA, é de dor de se sentir constantemente incompreendido, julgado e criticado. Estão lembrados? Então porque nos esquecemos como, nessa altura, foi tão difícil para nós suportar essa dor e agora repetimos padrões dos nossos pais com os nossos filhos ou alunos?

Frequentemente ouvimos pais a afirmar que não conseguem comunicar com os seus filhos, que eles não os ouvem, que o que dizem não surte o efeito que desejam. Vale a pena parar para pensar em que ponto do ciclo da comunicação o fluxo foi cortado e como o podemos reatar.

E os pais explicam que tentam falar com os filhos, que se tentam interessar e fazer-lhes perguntas, mas que eles “fogem” e se “escondem” com respostas minimalistas e/ou totalmente insatisfatórias, tipo: “Correu tudo bem” ou “Nada de especial” ou “Ok” ou “Hum, hum”.

Duas questões se colocam: As perguntas que habitualmente fazemos serão as melhores perguntas para conduzirem às respostas que desejamos? Sobre este tema escrevi um pouco num artigo anterior neste mesmo blog – remeto-vos para lá: "A Arte de Perguntar".

A outra questão é: Será que quando perguntamos, estamos verdadeira e plenamente abertos á resposta, ou apenas perguntamos para confirmar, avaliar ou julgar, e desse modo (acreditamos nós) poder ajudar?

Uma boa conversa começa com uma simples pergunta: “Conta-me mais sobre isso …” ou “Para eu entender, o que poderia ser isso para ti?”

Porém, para que um bom início se materialize numa efetiva boa conversa, estas perguntas terão de serão seguidas duma ESCUTA ATIVA E INCLUSIVA.

Algo como: Entendi que me estás a dizer que não queres ir à escola. De acordo com o teu ponto de vista, como poderia ser para tu aprenderes e desenvolveres as tuas capacidades e habilidades?“

Para se conseguir construir uma BOA CONVERSA (não, não nasce de geração espontânea) tem de existir presença, conexão e um sentido biunívoco da comunicação. E para tal, não basta perguntar. É preciso saber escutar!

E quanto mais os pais e/ou professores de crianças e adolescentes aprenderem (sim, aprenderem!) a escutar, melhor e mais tranquila será a comunicação.

Uma BOA ESCUTA necessita ser:

- Ativa, com atenção plena, focada na criança ou no adolescente (sem interferências);

- Recetiva e acolhedora, com interesse genuíno no que a criança ou jovem tem a dizer, sem reações apressadas, comentários julgadores ou “mas” …

 - “Validativa”, ou seja com emissão de um sinal de que aquilo que está ser dito é válido e digno de ser considerado. A validação abre as portas do coração!

 - Inclusiva, que incluí aquilo que foi dito na construção duma possível solução;

 - Pró-ativa, ou seja, deve ser consequente e de alguma forma útil, sendo colocada em prática nas realizações que se seguem a essa conversa.

Só assim as crianças, os jovens ou qualquer pessoa, se poderá sentir verdadeiramente escutada, acolhida e incluída. Porque quando assim não é … todos vamos vivendo com aquela permanente e insistente sensação de que não somos ouvidos …

É tempo de PARAR, OLHAR e ESCUTAR … para melhor COMPREENDER e poder RESOLVER!

 

“Quando falamos estamos somente a repetir aquilo que já sabemos.

Mas se escutarmos, pode ser que aprendamos qualquer coisa nova.”

Dalai Lama

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07
Mar21

As crianças não são o futuro …

Educação e Politica Infanto-Juvenil

 

As crianças são o nosso futuro … sempre ouvimos dizer … desde que éramos crianças!

E assim passa o tempo, as crianças crescem, tornam-se adultos, pais, avós … e continuam sempre a ser o futuro!! Porém, o futuro é algo que ainda não chegou …

Por esse motivo, as crianças não são o futuro. São o PRESENTE. São de carne e osso, estão aqui e agora, com sentimentos, necessidades, desejos e anseios que precisam de ser cuidados, nutridos, considerados, acolhidos, respeitados, desenvolvidos … para que o futuro de amanhã seja melhor que o futuro de hoje.

Cuidar hoje da SATISFAÇÃO E BEM-ESTAR das nossas crianças, certamente produzirá adultos mais felizes e realizados, e consequente uma sociedade mais justa e equânime.

Mas vamos a dados concretos. Em 2020, a UNICEF publicou um Relatório de um estudo (Understanding What Shapes Child Well-being in Rich Countrie - UNICEF2020) sobre o que molda e influência o bem-estar das crianças nos países mais “ricos”, no qual Portugal se inclui. SIM, não nos esqueçamos que vivemos num jardim à beira-mar plantado neste cantinho do continente europeu, um dos melhores locais do mundo para se nascer e viver.

Neste relatório são analisados vários fatores que podem proporcionar uma BOA INFÂNCIA e são apresentadas diversas conclusões interessantes em relação aos níveis de FELICIDADE, SATISFAÇÃO E BEM-ESTAR das crianças e jovens de 41 países da OECD e da União Europeia.

Por curiosidade, no âmbito deste estudo publicado pela UNICEF, em setembro de 2020, as crianças mais felizes do mundo são as holandesas.

As condições necessárias e mais intrínsecas à própria criança para que esta tenha uma boa infância passam pela boa saúde mental e física, bem como pela aquisição de boas habilidades para a vida. Porém, mesmo em países desenvolvidos/ricos, estes dados se revelaram longe do ideal.

De um modo geral, em 12 dos 41 países analisados, menos de 75% das crianças de 15 anos revela ter uma alta satisfação com a vida. O suicídio é uma das causas mais comuns de morte para adolescentes de 15 a 19 anos. E em 10 países, mais de uma em cada três crianças, está acima do peso ou é obesa.

Uma grande virtude deste relatório é a criação de um modelo de bem-estar infantil que se expande para além dos fatores internos da criança (como a saúde física, a saúde mental e as habilidades para a vida), considerando também inúmeros fatores de contexto, num modelo com várias dimensões que mantem a criança ao centro da sua realidade. Partindo da criança para o exterior, foram consideradas as seguintes dimensões:

  1. RESULTADOS – saúde mental e física, e habilidades.
  2. ATIVIDADES – atividades complementares e uso de internet.
  3. RELACIONAMENTOS – família, amigos e colegas de escola.
  4. REDES – relação dos pais com escola, comunidade e trabalho.
  5. RECURSOS – recursos de casa e da vizinhança.
  6. POLÍTICAS – familiares, de educação e de saúde.
  7. CONTEXTO– economia, sociedade e ambiente.

Como conclusão, o raking dos países com as crianças mais felizes do mundo é o seguinte:

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Alguns dados referentes a Portugal:

  • Aos 15 anos, a alta-satisfação com a vida situa-se nos 78% (12ª posição).
  • Entre os 5 e os 19 anos, 33% da população está acima do peso ou é obesa (30ª posição).
  • Entre os 15 e os 19 anos a percentagem de suicídio coloca-nos na 40ª posição (e ainda bem!).
  • Aos 15 anos as habilidades de leitura e matemática apresentam um valor de 63% de proficiência (apenas!), o que nos coloca na 24ª posição.
  • Aos 15 anos a confiança para fazer amizades está avaliada nos 76% (18ªposição)
  • A visão dos pais sobre a sua relação com as escolas dos filhos é 7,3 (numa escala de 0 a 10), o que nos coloca na 25ª posição.
  • Na visão dos alunos sobre a sua participação nas decisões em casa e na escola, Portugal não aparece nas primeiras 16 posições (a Espanha/Catalunha é referenciada no 1º lugar).
  • A relação da imagem corporal com o nível de satisfação com a vida está presente em 46% da população jovem (21ª posição), sendo que esta percentagem afeta o dobro das raparigas em relação aos rapazes.
  • Finalmente, em relação às condições nacionais (politicas e de contexto) para o bem-estar das crianças e jovens portugueses, ocupamos a 22ª posição da tabela.

 

As crianças não são o futuro. As crianças são o presente.

O futuro é dos adultos. E os adultos somos nós!

Não há tempo a perder. A diferença faz-se hoje.

Cada dia conta. Cada dia é menos um dia de criança para cada criança!

 

Para saber mais aceda ao relatório completo neste link:

https://www.unicef.nl/files/Report%20Card%2016%20UNICEF_3%20sept_2020.pdf

 

 

02
Mar21

A Arte de Perguntar

Educação

Será que a mudança começa em cada um de nós?

Será que se os adultos mudarem algo no modo como lidam com as crianças e jovens, as crianças e os jovens mudam?

Será que ter BOAS CONVERSAS, que levam a criança/jovem a pensar e a descobrir mais sobre si, sobre os outros e sobre o mundo, pode abrir novos campos de realização e satisfação familiar e escolar?

Os pais e os professores precisam, cada vez mais, alterar a sua postura – passar de “Mestre” a “Coach”, não dando respostas prontas mas questionando as situações para colocarem os pequenos a pensar e a encontrarem as suas próprias respostas.

Como iniciar uma boa conversa? Com PERGUNTAS. Boas perguntas. Perguntas que induzam a REFLEXÃO, a DECISÃO e a AÇÃO.

Boas perguntas acolhem a criança/jovem e abrem um espaço emocional interno de autoescuta, sem pré-julgamentos, incentivando a criança a exprimir o seu ponto de vista ou sentimentos não desvendados.

Para tal, será essencial não partir de pressupostos e preconceitos que ativem a nossa arrogância de adulto, sempre prontos a presumir e a julgar antes de perguntar ou escutar. Uma boa conversa começa com uma simples pergunta: “Conta-me mais sobre isso …”, “Para eu entender, o que poderia ser isso para ti?”

Boas perguntas são isentas, imparciais e por isso não devem ser feitas quando estamos emocionalmente alterados. Boas conversas acontecem quando estamos em equilíbrio e centrados no firme propósito de levar a criança a pensar e a descobrir mais sobre si. E isso não se compadece com pressas e impaciências, faltas de tempo e sequestros emocionais.

Exemplos de perguntas pouco eficazes:

  • Os brinquedos nasceram aqui na sala?
  • Vais arrumar isso agora ou não?
  • Vais chegar outra vez atrasado à escola?
  • Ainda não percebeste que quem não lava os dentes fica com dor de dentes e tem de ir ao dentista?

Exemplos de BOAS PERGUNTAS:

  • Onde podes arrumar os brinquedos, para que amanhã saibas onde estão e possas brincar muito com eles, outra vez?
  • Se pudesses encontrar um modo de estares pronto antes da hora, como seria?
  • Como podes fazer para que a tua boca fique bem fresca e agradável?

Para as boas perguntas serem eficazes, é necessário que o adulto esteja muito presente e concentrado nas palavras que profere, para que consiga efetivamente ajudar a criança/jovem a sair do ciclo vicioso de autoproteção em que se encontra.

Perguntas com PORQUÊS não costumam funcionar, pois não? Este tipo de preposição leva à racionalização automática e leva a criança /jovem a contar um rol de explicações e justificações sobre o seu comportamento, não encontrando o caminho da solução.

Para ajudar a criança/jovem a sair do recorrente estado de “não sei”, de “queixa/culpados” ou do “contra”, a linguagem não deve ser usada no presente de forma direta, perguntando como é, o que quer ou o que sente … porque aí será mais provável que a resposta seja defensiva: “não sei”, “nada”, “não gosto”, “não…“.

Ajudar a criança/jovem a abrir-se com confiança, segurança e tranquilidade exige do adulto a consciência de que as palavras e o tempo verbal certo da linguagem usada irão ajudar a criança/jovem a encontrar um novo padrão de POSSIBILIDADE. Para tal, perguntas no condicional, perguntando “COMO SERIA SE …”, irão facilitar a verbalização dos seus desejos, pois sente que existe, da parte do adulto, um acolhimento e um verdadeiro interesse em a/o escutar.

 As crianças não estão, normalmente, habituadas a verbalizar os seus desejos e sentimentos mais genuínos e profundos. Nós, adultos, habituámo-las a verbalizarem o que queremos ouvir, por isso, mudar o padrão, carece de algum tempo e paciência. Exemplos: “Entendi que tu não sabes como poderíamos resolver esta situação, mas se existisse uma forma de encontrar uma solução, qual seria?”, “Entendi que não sabes, e não tem qualquer problema não saberes. Existe alguma coisa que eu possa fazer para te ajudar a descobrir?”.

Abrir caminho para uma boa conversa implica sempre acolher as afirmações da criança: “Entendi que me estas a dizer que não é verdade. De acordo com o teu ponto de vista, qual seria a tua verdade sobre esse assunto?”, “Se conseguisses ver a situação do ponto de vista do teu colega, como seria?”, “Entendi que não gostas da escola. E o que poderia acontecer que te fizesse gostar mais da escola? O que poderia acontecer na escola que te deixaria mais feliz, fazendo com que tu realmente gostasses de lá estar?”.

Depois de abrir a POSSIBILIDADE para a criança/jovem dar um primeiro passo na verbalização do seu desejo mais profundo, será mais fácil para o adulto entender qual a dor ou o incómodo que está por detrás desse desejo e dirigir a conversa para uma solução que integre e inclua essa necessidade, agora revelada. A partir daqui, o adulto continua a abordagem através de perguntas que tragam ainda mais clareza para a situação e que possibilitem uma saída para aquilo que pode ser feito AGORA para que a criança/jovem vivencie o que realmente deseja.

A mudança começa em cada um de nós, e como adultos, as mudanças das nossas crianças e jovens também começam em nós! E talvez a arte de perguntar seja afinal a arte de permitir e ajudar os pequenos a encontrarem as suas próprias respostas!

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 FONTE: Instituto de Coaching Infanto-Juvenil, Método Core Kidcoaching, Método Growcoaching

14
Fev21

Dia do nAMORo é todos os dias!

Amor-Próprio e Educação

 

Dia dos nAMORados …

Dia do AMOR diria … dia de nos enamorarmos pela Vida, pela nossa vida, por nós próprios, pelo que somos e pelo que podemos dar e contribuir …

Mais do que receber é dia de dar … dar amor. Dar a nós mesmos aquilo que tanto merecemos e que ninguém o reconhecerá enquanto nós próprios não o reconhecermos.

Temos o mau hábito de nos esquecer de nós, como se não existíssemos ou se fôssemos invisíveis aos nossos próprios olhos. Parece que nos ensinaram a olhar e cuidar dos outros, mas não para e de nós. Colocamo-nos sistematicamente fora do nosso mundo. Porque será?

O que dizemos de nós mesmos, a nossa autoimagem e a forma como nos valorizamos (ou desvalorizamos), influencia a maneira como nos sentimos, pensamos e agimos. Procuramos um namorado(a) mas esquecemo-nos de namorar connosco primeiro! Procuramos um "salvador", mas esquecemo-nos de, primeiro, nos salvarmos a nós próprios!

Desde crianças que crescemos integrando em nós todo tipo de mensagens sobre quem somos, o que devemos sentir e como agir. De “isso é impossível” a “, mantém os pés no chão” ou “estás a perder tempo”, etc…  tudo fica registado no nosso inconsciente, moldando a nossa identidade e ativando um crítico interno severo - aquela voz que vem de dentro de nós e que passa a vida a julgar como pensamos, sentimos e agimos. Canseira!!

Hoje é dia de PARAR de nos maltratarmos e de invariavelmente nos compararmos com aquilo que percecionamos da vida alheia. É tempo de deixar de olhar tanto para fora e começar a olhar mais para dentro, conversar com o nosso juiz interno e argumentar em nossa própria defesa. Afinal o tribunal é nosso!

Hoje é dia de escolher o Amor e não o Medo. Hoje é dia de ter coragem e olhar para tudo o que temos de bom (tanto) e parar de colocar mais lenha na fogueira dos defeitos. Hoje é dia de elogiar, de nos autoelogiarmos. Hoje é dia de resgatar o nosso AMOR-PRÓPRIO. Hoje é dia de namorar … connosco mesmos!

Sabemos que a autorreconciliação não é tarefa fácil, pois são muitos anos de prática de autocrítica, de excesso de exigências e de desqualificação. Não obstante, hoje é um excelente dia para começar. BORA LÁ NAMORAR!

E se não for por si, por quem poderá ser? Continua à espera do “príncipe salvador”? Será que amar-se a si mesmo(a) não será a melhor maneira de ensinar os seus filhos a fazerem o mesmo? Somos o exemplo que formata a mentalidade das nossas crianças. Como podemos esperar que eles se amem se nós não o fazemos?

Atualmente, estudos indicam que, em Portugal, a maioria dos jovens de hoje aceita como normal o controle, a chantagem, a pressão, a desconfiança, a vigilância, a posse, a violência verbal (oral e escrita), a violência física e até a violência sexual … no namoro! Só quem não se ama e não se respeita o suficiente para se olhar no centro da sua vida, pode permitir este tipo de comportamentos. Como foi possível chegarmos a um patamar de tanta autodesvalorização?? Será que estamos a educar as nossas crianças para se amararem e respeitarem, primeiro e acima de tudo?

Não será esta uma razão mais do que excelente para nos começarmos a respeitar e a amar mais e melhor? Não será hoje um excelente dia para o demonstramos … NAMORANDO MAIS CONNOSCO MESMOS?

Precisamos urgentemente de nos olharmos com os olhos de quem ama.

Precisamos de perceber que ninguém ganha quando nos desvalorizamos e diminuímos. Ninguém! Por isso, podemos começar HOJE por ser verdadeiramente honestos e justos connosco:

  • Reconhecendo o nosso valor, pois somos muito mais que os nossos erros e fracassos, muito mais que os nossos resultados.
  • Sendo mais autocompassivos, ao aceitar as nossas falhas como plataformas de aprendizagem e crescimento.
  • Perdoando-nos, pois ao fazê-lo mais do que libertar os outros, libertamo-nos a nós mesmos.
  • Largando o peso do passado, pois a vida renova-se a cada dia e é sempre possível escrever uma nova página da nossa história.
  • Abraçando a nossa própria criança e resgatando mais a sua alegria natural.
  • Desligando da opinião alheia, pois o que os outros dizem a nosso respeito não nos diz respeito!

E já agora dê um auxílio às nossas crianças e jovens, plantando nas suas consciências sementes de amor-próprio, regadas com elogios e afirmações que reforcem a confiança em si mesmas e promovam o auto-amor, a confiança e o esforço:

  • Valorize o processo e não o resultado.
  • Enalteça e admire os aspetos positivos daquilo que a criança/jovem faz diariamente
  • Exprima o seu amor
  • Demonstre que confia nela(e)
  • Escute com o coração e não se apresse a fazer julgamentos
  • Mostre empatia pelo seu sofrimento
  • Agradeça a sua ajuda e contribuição 
  • Pergunte-lhe e leve em consideração a sua opinião
  • Agradeça o tempo de que passam juntos

 

Que hoje seja um dia de nAMORo …

Pode ser que seja o primeiro, mas não será certamente o último!

 

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29
Jan21

Talentos e Pontos Fortes

Educação e Juventude

Sabias que apenas 20% das pessoas usam os seus pontos fortes e as suas próprias forças … de forma consciente e a seu favor, todos os dias?

Levamos uma vida à procura da nossa melhor versão, na busca "daquela" solução ... mas já Aristóteles dizia que para aumentar o nosso nível de felicidade temos de ser quem nascemos para ser!

Quando não utilizamos os nossos pontos fortes ou as nossas melhores forças no dia-a-dia, temos uma maior tendência para nos sentirmos menos capazes, mais enfraquecidos e mais desvigorados.

Contrariamente aquilo que o senso comum aponta, de que devemos desenvolver os nossos pontos fracos para ficarmos com as nossas capacidades mais “equilibradas” … alguns autores defendem que o nosso maior potencial de crescimento está nas áreas onde temos os nossos pontos fortes.

Ao elevarmos aquilo em que somos “bons” para um nível “excelente” temos mais probabilidade de nos sentirmos felizes e realizados e dessa forma nos sentirmos motivados e autoconfiantes para melhorar também as nossas áreas mais fracas. Pelo contrário, insistir em desenvolver aquilo em que não somos bons pode-nos levar a desenvolver crenças de autodesvalorização e de inferioridade que podem marcar uma vida inteira.

Todos somos génios. Mas se julgarmos um peixe pela sua capacidade de subir a uma árvore, ele vai levar a vida toda a acreditar que é estúpido  -  Einstein

Por isso, se desde criança, se identificarem os nossos talentos, se se investirem neles e se se tirarem deles o maior rendimento … certamente conseguiremos para a nossa vida uma qualidade acrescida. Educar as crianças valorizando, vivenciando, investindo e transformando os seus talentos em pontos fortes, não só materializa o respeito e a valorização da diferença interpessoal, como tirará significativas mais-valias dessas mesmas diferenças! Olhar a diferença como um valor acrescentado será certamente um maravilhosa oportunidade de crescimento e satisfação pessoal.

Não precisamos ser todos iguais. De outro modo, todos precisamos libertar o nosso maior potencial fazendo aquilo que sabemos fazer melhor e que adoramos fazer. O mundo agradece!

Os talentos são habilidades inatas, permanentes e únicas, que nascem connosco. Fazem parte do nosso potencial e que podem ou não ser expressos e incrementados através de conhecimentos e técnicas que os transformem em verdadeiros pontos fortes. As pessoas que usam os seus pontos fortes têm três vezes mais probabilidade de alcançar um excelente bem-estar e uma ótima qualidade de vida!

Ajudar as crianças e jovens a desenvolverem os seus talentos e pontos fortes é essencial para que estes venham a ter no futuro uma vida mais útil, produtiva e feliz!

Primeiro passo: começa por ti e confere quais são os teus talentos (e são tantos … alguns são certamente os teus!). Em jeito de check list:

  • ADAPTABILIDADE – capacidade de viver o momento, flexibilidade
  • ANALÍTICO – questionador, lógico, rigoroso
  • ATIVAÇÃO – rapidez, agir antes de pensar, executor
  • AUTOAFIRMAÇÃO – seguro, autoconfiante, capaz, assertivo, autónomo
  • CARISMA – curiosidade, interesse pelos outros, gosta de se relacionar, comunicador, liderança
  • COMANDO – opinioso, confrontador, decidido, líder, defensor da sua verdade
  • COMPETIÇÃO – compara-se para melhorar e vencer, foge do fracasso/derrota
  • COMUNICAÇÃO – boa expressão escrita e oral, inspirador e contador de histórias
  • CONEXÃO – constrói pontes entre pessoas, tem valores ligados ao bem comum
  • CONTEXTO – olha o passado para compreender o presente e decidir
  • CRENÇA – com valores essenciais duradouros, é confiável, ético e moral
  • DESENVOLVIMENTO – percebe e estimula o potencial das outras pessoas, busca um crescimento continuo
  • DISCIPLINA – cria rotinas e planos para se sentir seguro e controlar a situação, perfecionista
  • EMPATIA – coloca-se no lugar do outro e compreende o porquê das escolhas de cada um, comunica de forma assertiva
  • ESTUDIOSO – procura novas aprendizagens e conhecimentos
  • EXCELÊNCIA – perfecionista, desenvolve os seus pontos fortes até à excelência
  • FOCO – foca-se num propósito de vida e traça planos para lá chegar, líder e inspirador
  • FUTURISTA – visualiza o futuro e partilha essa visão com os outros
  • HARMONIA – procura entendimentos, evita o conflito, colocando os outros primeiro
  • IDEALISTA – criativo e original, é fascinado por ideias, associando-as numa cadeia lógica
  • IMPARCIALIDADE – justo e igualitário, defensor da justiça e da equanimidade
  • INCLUSÃO – inclui tudo e todos, sem diferenciação
  • INDIVIDUALIZAÇÃO – é bom observador de pontos fortes tirando o melhor de cada um, acredita que somos todos diferentes, únicos e especiais, não gosta de generalizações
  • IMPUT – grande curiosidade, quer saber tudo sobre tudo, colecionador/acumulador
  • INTELECTUAL – pensador, gosta de resolver problemas, socialmente isolado, introvertido
  • ORGANIZAÇÃO – controlador, prático, perfecionista, não gosta de caos
  • PENSAMENTO ESTRATÉGICO – abre caminhos, avalia obstáculos e seleciona a melhor opção
  • POSITIVISMO – sorridente, elogiador, encontra sempre o lado positivo da situação, bom humor
  • PRUDÊNCIA – cuidadoso, vigilante, reservado, antecipa perigos e planeia com rigor
  • REALIZAÇÃO – NO STOP, está sempre em ação, em concretização
  • RELACIONAMENTOS – procura proximidade interpessoal, profundidade e intimidade relacional, é sincero e verdadeiro nas relações
  • RESPONSABILIDADE – confiável e disponível para os outros, assume responsabilidade por tudo o que se envolve, não perdoa as suas próprias falhas
  • RESTAURAÇÃO – encontra soluções e resolve problemas, torna o mundo mais perfeito
  • SIGNIFICÂNCIA – necessita do reconhecimento, aprovação e valorização alheia, independente, gosta de fazer as coisas à sua maneira, quer ser excecional.

A combinação de diversos talentos associados ao desenvolvimento de técnicas e conhecimentos específicos, constituem os nossos pontos fortes, especiais e únicos, os quais nos caraterizam e … nos acrescentam valor, e também ... e sobretudo, acrescentam valor ao mundo!

Quais são os teus talentos?

Quais são os talentos do teu filho/a? Do teu aluno/a?

Como é que o mundo pode beneficiar ainda mais dos teus talentos?

Como podes ajudar o teu filho/a ou o teu aluno/a a identificar e a valorizar os seus talentos, de forma a que se sinta motivado para investir na sua transformação num verdadeiro ponto forte?

Fonte: ICIJ – Método GrowCoaching

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12
Jan21

Mentalidade Fixa ou de Crescimento

Educação

Nestes tempos de mudança rápida em que nos são pedidas novas formas de pensar, ser e estar com as pessoas, na sociedade e no mundo … em que cada vez mais o modo como nos vemos a nós próprios, aos outros e às circunstâncias impacta o nosso dia-a-dia, as nossas escolhas, as nossas oportunidades, a nossa realidade … a nossa vida … é incontornável falarmos daquilo que está por trás de tudo isso – a nossa MENTALIDADE!

E a mentalidade começa a ser construída desde a mais pequena idade, em casa e depois na escola … certamente também na adolescência e em adulto. Mas tem raízes profundas na fase de construção da nossa personalidade e é posteriormente alimentada por todas as vivências da nossa vida.

A nossa mentalidade funciona como uns óculos que colocamos em criança e a partir daí continuamos a ver através dessas lentes … de tal forma que nos esquecemos que temos os óculos postos e poucas vezes nos lembramos de atualizar a graduação das lentes.

A educação, seja familiar ou escolar, tem muita influência na construção da nossa mentalidade, e ter a consciência dos desafios do século XXI é fundamental nas escolhas educativas. De pais e professores.

Não! A educação não é nem deve ser igual à educação que nós tivemos.  Novos tempos requerem novas formas de olhar o mundo, novas habilidades e competências, novos modos de ser e de viver, novas soluções!

Contudo, parece que muita coisa nas nossas escolas e nas nossas famílias acontece em modo automático e de “copy/past”. O tempo das crianças e jovens passa rápido, e num instante a infância e a adolescência passou … e pouco ou nada mudou. Porquê?

Porque não se muda a educação sem mudar a MENTALIDADE de quem por lá anda. Não se constrói uma nova mentalidade nas nossas crianças e jovens sem mudar a mentalidade de quem os educa.

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Falemos então de MENTALIDADE DE CRESCIMENTO versus MENTALIDADE FIXA.

A mentalidade fixa alicerça-se na crença de que a inteligência é inata e imutável, o que se traduz num sentimento de que “Não vale a pena esforçar-me, porque vai ser sempre assim!”. Pessoas com uma mentalidade fixa acreditam que os resultados obtidos dependem 65% da capacidade e 35% da dedicação.

De forma diferente, uma mentalidade de crescimento alicerça-se na crença de que a inteligência pode ser desenvolvida (é mutável), o que se traduz num sentimento de que “Os resultados dependem da dedicação e da persistência”. Pessoas com uma mentalidade de crescimento acreditam que os resultados obtidos dependem 35% da capacidade e 65% da dedicação.

Estes dois tipos de mentalidade aplicam-se em todas as áreas de vida e em todas as situações. Contudo, desde a infância, a construção duma ou doutra mentalidade com base na crença sobre a plasticidade da inteligência e da capacidade pessoal tem um grande impacto no desempenho escolar. Ou seja, aqueles alunos que acreditam que a inteligência pode ser desenvolvida valorizam e aplicam mais esforço, dedicação e tempo, atingindo melhores resultados, do que os alunos que não acreditam.

Por conseguinte a formação de uma mentalidade de crescimento desde de tenra idade é crucial para o desenvolvimento de capacidades e competências pela vida fora.

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Esta consciência é tão mais importante, quanto existem estudos diversos que apontam que, dos 10 aos 18 anos e à medida que o aluno avança no ano de escolaridade, a sua mentalidade vai ficando progressivamente mais fixa. Em números referenciais, cerca de 80% dos jovens na idade do 2º CEB acreditam que a inteligência se desenvolve; no final do 3ºCEB essa percentagem diminuiu para perto dos 50%; e no final da escolaridade obrigatória mais de 60% já não acreditam plenamente que a inteligência pode ser trabalhada, mas que pelo contrário, é algo inato e estático, estando conformados com o facto de algumas pessoas não conseguirem atingir níveis de competência semelhantes a outras.

E tu? No que acreditas? Qual a essência da tua mentalidade? Fixa ou de crescimento?

E agora, no que escolhes acreditar?

Como podes ajudar as pessoas (crianças, jovens e adultos) à tua volta a desenvolverem mais uma MENTALIDADE DE CRESCIMENTO, e dessa forma acederem à melhor versão de si mesmos?

E espreita, com legendas em PT ... "Mentalidade de um Campeão" - Carson Byblow - 10 anos:

https://www.youtube.com/watch?v=px9CzSZsa0Y

 

 

28
Dez20

As 9 Faces da Inteligência

Inteligências Múltiplas de Gardner

Vivemos uma era de mudança, já todos sentimos na pele e no coração, que nos últimos tempos muita coisa mudou e outra tanta está a mudar de uma forma cada vez mais rápida.

Atualmente, está a ser-nos pedido uma grande abertura de mentalidade, uma maior responsabilização pessoal e cívica, um (ainda) maior desenvolvimento da ciência e da tecnologia, novas formas de comunicação e de relação interpessoal, um novo modo de olhar o mundo, de viver e de expressar o melhor de cada um de nós …

Por isso, olho as crianças e jovens deste país e pergunto-me sobre o quanto a ESCOLA está a prepará-los para o futuro … quanto aprendem a ter um olhar diferente, a gostar de gostar de aprender, de criar e de empreender? O quanto a ESCOLA estimula o desenvolvimento do potencial individual de cada aluno e o prepara para as exigências dos novos tempos? E a resposta fica-me presa naquele enorme “nó na garganta” …

Einstein dizia que, à nossa maneira, todos somos génios … mas se julgarmos um peixe pela sua capacidade de subir a uma árvore, ele irá acreditar que é estúpido durante toda a sua vida. Não admira que a maioria dos jovens afirmem não gostar da escola – há muitos “peixes” por aí!

Aquilo que cada um de nós acredita ser a INTELIGÊNCIA HUMANA estrutura as nossas escolhas educativas, tanto a nível escolar como familiar. Se acreditamos num só tipo de inteligência estamos a formatar e a valorizar apenas esse padrão, e consequentemente, a reduzir ou a eliminar outras possibilidades de vivência, resolução e criação inteligente.

Para Piaget, o desenvolvimento da inteligência seguia etapas cronológicas. Habituámo-nos a ter esse referencial e a esperar que as crianças se desenvolvam todas ao mesmo ritmo e da mesma forma. E se isso não acontecer, “Ai, jesus, que a criança está atrasada!”

Mais recentemente, Gardner introduziu o conceito de INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS, segundo o qual a inteligência dum individuo se pode expressar através de 9 HABILIDADES ou 9 COMPETÊNCIAS diferentes.

Falei delas num artigo anterior neste mesmo blog:

https://tempodeflorir.blogs.sapo.pt/ser-ou-nao-ser-inteligente-18366?tc=58625248331

Relembro agora as 9 Inteligências, segundo Gardner (por ordem alfabética, para que não se deduza que alguma é melhor ou mais importante que outra):

  • Inteligência Corporal-cinestésica
  • Inteligência Espacial
  • Inteligência Existencial
  • Inteligência Interpessoal
  • Inteligência Intrapessoal
  • Inteligência Linguística
  • Inteligência Lógico- Matemática
  • Inteligência Musical
  • Inteligência Naturalista

Para Gardner, as diversas inteligências não se expressam de modo igual em pessoas da mesma faixa etária, mas sim de acordo com as suas tendências biológicas e com o incentivo do ambiente em que se inserem. A conjugação destes fatores, faz com a inteligência de cada um de nós tenha características únicas e particulares – é isso mesmo: todos diferentes, todos inteligentes!

Atualmente, precisamos de gente flexível, com boa capacidade de adaptação à mudança, com uma diversidade de capacidades e habilidades que lhes possibilite desempenhar diversas funções e mudar de atividade, se for esse o caso. O tempo de uma única “carreira” ou de uma única “profissão” terminou. O tempo da procura dum “emprego pronto” também. Cada vez mais cada um desenvolve autonomamente a sua atividade profissional, empreende e experimenta, realiza e cria o seu próprio “emprego”.

Para a pergunta “O que queres ser quando fores grande?” existem agora múltiplas respostas! E para múltiplas opções … múltiplas inteligências!

Para Gardner, “poucos génios, são génios em tudo”, e por isso, não podemos pedir aos nossos jovens que sejam bons em tudo ou todos na mesma coisa, mas antes, que descubram os seus dons e talentos e os desenvolvam de forma a serem muito bons, mesmo excelentes nessa área.

Esta premissa é importante e representa uma mudança de paradigma educacional, pois se insistirmos no desenvolvimento das áreas mais fracas e descoráramos o desenvolvimento das áreas mais fortes, o que irá tendencialmente acontecer é que o desenvolvimento irá ficar nivelado por baixo e o individuo irá ficar frustrado por não conseguir “ser bom” em nada, irá acreditar que “não é inteligente” e poderá até sentir-se como alguém “incapaz” durante toda a sua vida.

Ao contrário, perceber quais são as áreas de inteligência preponderantes na criança ou no jovem e criar condições externas para a sua valorização e desenvolvimento, parece ter muito melhores consequências ao nível da sua autoestima, autoconfiança e motivação, e previsivelmente ao nível dos resultados obtidos.

Não precisamos de ser competentes em tudo – precisamos de ser excelentes naquilo em que somos bons! Contrariamente ao que se tem muitas vezes pensado, o maior potencial de crescimento de cada pessoa não está nas suas áreas fracas, mas nas suas áreas fortes.

Apenas 20% das pessoas adultas usam os seus pontos fortes com consciência e intencionalmente todos os dias. É necessário mudar o paradigma. Não somos nem temos de ser todos iguais. E certamente, podemos tirar muito mais proveito das nossas diferenças.

Encontrar aquilo que fazemos bem e saber aquilo em que somos bons é essencial. Quantos de nós, adultos hoje, depois de todos estes anos, ainda temos uma imensa dificuldade em identificar aquilo que são os nossos dons ou talentos? Porque será?

Se tivéssemos aprendido desde cedo a desenvolver ainda mais as nossas inteligências pessoais e únicas, talvez hoje soubéssemos quais os nossos pontos fortes e pudéssemos tirar um maior partido dos nossos talentos e dons.

O Programa TeenCoaching, através do Método GrowCoaching pode ajudar o adolescente a olhar para si mesmo como uma pessoa com um potencial inteligente multifacetado e diferenciado, abrindo novos caminhos de amor-próprio e de relação com os outros, bem como novos horizontes de satisfação e realização pessoal.

Fonte: ICIJ – Programa TeenCoaching - Método GrowCoaching

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21
Dez20

Crescer dói

Adolescência

Pois é … crescer dói. Ouvimos isso por aí. Mas talvez não seja só assim. Eu diria que crescemos na dor, mas também no amor. Este equilíbrio é o centro da vida e dum crescimento saudável.

Alvitro que não existe etapa da vida em que as mudanças de crescimento sejam mais bruscas do que na ADOLESCÊNCIA. Nesta fase, parece que acontece tudo ao mesmo tempo e que lhes está a ser pedido que se tornem adultos sem deixarem de ser crianças … por isso, não é fácil ser adolescente, pois eles sabem que já não são crianças, mas não obstante, por vezes ainda se sentem-se como tal.

É sabido que na adolescência acontecem em simultâneo várias transformações: físicas, psíquicas, emocionais e sociais. É por isso natural que no meio de tanta exigência, o adolescente se sinta dividido, vivendo inevitáveis crises de identidade, às quais estão associadas determinadas DORES PSICOLÓGICAS que, por não serem físicas, não são menos importantes e/ou relevantes.

É essencial que os adultos, pais e professores, que lidam com estes jovens conheçam e estejam atentos aos processos de transformação pelos quais os seus filhos/alunos estão a passar. O que não será muito difícil, pois nesta fase e no meio das suas crises ou stresses pessoais, eles “gritam” as suas dores para mundo. Os sintomas podem estar mais claros ou mais encobertos, podem ser expressos diretamente ou apenas manifestados no corpo, mas estão lá.

A partir dos 10/12 anos, alguns pais têm a tendência para “largar da mão” – “Ele já não é criança!”. Porém, é preciso ter consciência de que o jovem ainda não é adulto (o seu cérebro ainda está em formação) e que, nesta etapa da sua vida, ele se encontra sem bússola perante uma encruzilhada. Vai ter de experimentar para testar. E sem rede é mais duro e pode até ser perigoso!

Por isso, para que o adulto cuidador, através de uma maior aproximação ao jovem, consiga promover essa rede e transformar para melhor a sua relação com o adolescente, é importante que o pai/mãe conheça e esteja atento às “dores” do seu filho, tantas vezes sofridas em silêncio …

 Neste sentido, e para que cada vez mais pessoas possam ter esta consciência, vem a propósito divulgar ou relembrar as 7 DORES DO ADOLESCENTE.

Conhece quais são?

1 – ENCONTRAR O SEU LUGAR NO MUNDO … descobrir quem é, quais são as suas forças, o que tem de especial e único, e a partir daí escolher os seus valores e fazer as suas opções morais, espirituais e relacionais. A ausência duma identidade e duma definição interna gera no adolescente desconforto e conflito interno, muitas vezes inconsciente para si e para quem cuida de si.

2 – SENTIR-SE CONSTANTEMENTE INADEQUADO E JULGADO … ou pelas palavras do próprio adolescente, sente que nada do que faz está suficientemente bem e que por mais que se esforce, existe sempre algo em falta ou por corrigir. Vive com uma sensação constante de inadequação e uma dúvida recorrente sobre se é bem aceite e se corresponde às expectativas dos pais, pois estes não param de dar sugestões e opiniões sobre como deveria ser ou fazer.

3 – TER UM AMIGO E LIDAR COM ESSA RELAÇÃO … muitas vezes, nesta fase de grande intensidade emocional, a confiança e companheirismo vêm associados ao medo de “não ser amado” ou de “ ficar sozinho”, bem como a uma tendência para a subordinação afetiva e/ou para o ciúme. Alguns adolescentes não têm amigos e sentem-se mal por isso. Outros, estabelecem relações especiais de dependência. Em nenhum destes casos a situação é isenta de ansiedade e dúvidas existenciais.

4 – RELACIONAMENTOS AFETIVOS … a grande maioria dos adolescentes sente uma grande necessidade de ser aceite por alguém e de encontrar um “namorado/a” que goste dele/a. Não existe uma preocupação deliberada com as relações sexuais, mas de sim por “quem gosta de mim” e se “de quem eu gosto, gosta ou não de mim”. Tudo isto é vivido com grande intensidade emocional e com um sofrimento determinista sobre a incapacidade de vir a encontrar o seu parceiro ideal.

5 – LIDAR COM AS MUDANÇAS DO SEU DESENVOLVIMENTO FÍSICO … estando a passar um período de grandes transformações no seu próprio corpo, tendo um metabolismo acelerado e intenso, é natural e comum que o adolescente alterne entre estados anímicos de grande energia, alegria ou até euforia, e outros de grande cansaço, muita fome, mau humor e/ou de irritação. Esta fase requer uma especial atenção dos adultos, pois o jovem pode estar a ter determinados comportamentos … mas ele “NÃO É” esse comportamento. Ele é quem está e vai passar por isso!

6 – LIDAR COM A SUA APARÊNCIA FÍSICA … com o seu corpo a transformar-se na “imagem adulta” e com os rígidos e exigentes padrões de beleza que atualmente circulam nas redes sociais … admitamos que não é fácil lidar com tanta expectativa, o que inevitavelmente pode gerar altos padrões de ansiedade e um sentimento profundo de inadequação e insuficiência.

7 – LIDAR COM AS PRESSÕES ESCOLARES … de obtenção de bons resultados e de sucesso escolar, desportivo, etc., associada a uma cultura global de quase “alergia” ao erro e ao falhanço, é quase fatídico para o adolescente. E estas pressões vêm de todo o lado – dos pais, da escola/professores e da sociedade em geral (até dos amigos e dele mesmo!). “Falhar é mau!” e o “medo de errar e de por isso ser criticado” é real!

Ok, eu percebo que o meu filho passa por essas “dores” e eu até queria muito poder ajudá-lo … mas ele não fala comigo, isola-se e não quer estar com a família. Como posso chegar a ele?”

Estando presente, verdadeiramente presente, no tempo, no espaço e na aceitação empática, compreensiva, acolhedora, não-julgadora, confiante e incentivadora.

Ah, mas isso não é nada fácil. E depois? Isso chega? Vai dar resultado?”

Sim, por vezes não é nada fácil (mas é possível) e às vezes resulta, outras não. E é aí que o Programa TEENCOACHING pode ajudar o adolescente (se ele quiser) - e os pais também - a entender que pode ter os seus próprios pensamentos, e ao mesmo tempo ser capaz de ouvir e compreender os pensamentos dos adultos, o que irá criar no jovem uma nova condição de alívio e de adequação apaziguadora.

Crescer dói … mas pode doer menos ... ao adolescente e aos pais também!

Fonte: ICIJ – Programa TeenCoaching - Método GrowCoaching

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