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Estamos sempre a tempo de Flo(rir)

Desenvolvimento Pessoal & Educação

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10
Dez20

O Balão da Felicidade

Metáfora de Vida

"Um professor levou balões para a sua escola e deu um a cada aluno.

Depois pediu que a cada aluno que o enchesse e escrevesse o seu próprio nome no seu balão.

De seguida pediu que deixassem o balão no chão e saíssem da sala de aula.

Baralhou os balões … e saiu também.

No corredor disse-lhes:
Têm 5 minutos para encontrar o balão que tem o vosso nome escrito.

Os alunos entraram na sala e rapidamente começaram a procurar, mas com a agitação ainda baralharam mais os balões.

Os 5 minutos terminaram e ninguém conseguiu encontrar o seu balão.

Então o professor disse para pegarem o primeiro balão que encontrassem e que de seguida o entregassem ao colega cujo nome estava escrito no balão.
Rapidamente, todos os alunos já tinham o seu próprio balão na mão.

Finalmente, o professor disse:

A felicidade é como os balões. Ninguém a encontra quando procura apenas a sua própria felicidade. Em vez disso, se todos se importarem com a felicidade alheia, rapidamente encontraremos a nossa própria felicidade.


Autor desconhecido

 

Que esta mensagem nos lembre que este “período natalício e confinado” nos limita os movimentos, mas não nos corta a conexão ou nos fecha o coração!

Neste Natal, que a criatividade nos ajude a encontrar outras e novas formas de estar presente e de, quiçá, ser o melhor presente!

 

Balões da Felicidadejpg.jpg

 

03
Dez20

Presente

Envelhecer é para todos

Atualmente, cerca de 20% da população portuguesa é idosa – são cerca de dois milhões de pessoas! Prevê-se que em 2080 este número atingirá quase de 40%!!

A esperança de vida em Portugal tende a aumentar. Há 50 anos a esperança de vida em Portugal era de 70 anos para as mulheres e de 64 anos para os homens. Em 2018, cresceu até aos 83 anos e 78 anos respetivamente! A tendência mantem-se … e a “idade padrão” da nossa reforma também vai avançando (não é para todos, mas isso seria outra conversa!).

Temos hoje mais quantidade de tempo, mas será que também podemos usufruir duma maior qualidade desse tempo?

A geração que está agora acima dos 70 anos foi uma geração trabalhadora e cuidadora. Os homens trabalhavam e a maioria das mulheres estava em casa a cuidar da família e dos idosos da sua família. Envelhecia-se em casa no seio da própria família. Naturalmente a sua justa expectativa era serem também cuidados da mesma forma … mas a vida trocou-lhes as voltas, prolongou-lhes o tempo de existência, mas não lhes providenciou o merecido aconchego.

Nas famílias atuais ambos os pais/filhos trabalham, o acesso à educação, à saúde, à cultura, ao lazer é mais fácil, mas as exigências da vida diária são tantas que o tempo se esvai entre os dedos. Nos dias de hoje a organização familiar enfraqueceu e não apoia nem os mais velhos nem os mais novos. São tempos difíceis, em que cada um tem de se organizar por si …

Nesta alteração social, a geração mais velha confrontada com a possibilidade de ter mais anos de vida e menos organização/apoio familiar, vê-se agora na forte iminência de lidar com a solidão no final da sua vida. Em Portugal, foram sinalizados mais de 45 mil idosos que vivem sozinhos ou isolados e cerca de 40% da população portuguesa com mais de 65 anos está sozinha durante 8 ou mais horas por dia (dados de 2017). Ou seja, quase um milhão de idosos vive em situação de solidão ou isolamento.

Numa idade mais avançada, lidar com o declínio de capacidades associado muitas vezes a um estado de solidão e de isolamento social, leva muitas vezes a um desinteresse pela vida e a um profundo estado de sofrimento. Estamos certos que não desejamos isso para nós mesmos …

Não podendo ser indiferente a esta realidade social e familiar, proporcionar o melhor aos nossos queridos pais e idosos, passa muitas vezes por um conflito interno e é sem dúvida um enorme desafio ao nosso equilíbrio emocional.

Por isso, não sendo uma decisão fácil para ninguém, nem para pais nem para filhos, há que encontrar a melhor solução … aquilo a que, de alguma forma, podemos chamar lar, não no sentido do “abrigo”, mas no sentido dum lugar onde os idosos se podem sentir aceites, respeitados e acarinhados. Uma solução da qual sejamos agentes ativos e participativos. Uma solução que resolva, apoie, mas não nos descomprometa ou nos afaste de responsabilidades. Hoje são eles, amanhã seremos nós!

É bom lembrar que estamos todos na linha do tempo, todos caminhamos para lá … e que será importante não perder o foco e tratar os nossos pais como gostaríamos que os nossos filhos nos venham a tratar no futuro. Ou por outras palavras, não se afaste. Descanse, confie … e telefone regularmente, escreva uma carta, envie uma encomenda … faça visitas. Esteja presente.

Seja o presente!

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16
Dez19

É Natal, e então?

Aproximam-se tempos de Natal, amado por uns, odiado por outros.

Desde a fé no Menino Jesus, que colocava a prendinha (a única) no nosso sapatinho, à atual existência do misterioso Pai Natal, ao consumismo exagerado onde gostar é comprar e onde dar se mistura com ter … às luzes que nos apelam ao coração e nos lembram que, para além do espalhafato, existe um Ser em cada um de nós …              à vivência e caridade religiosa … à época natalícia de solidariedade com as populações mais negligenciadas … ao tempo familiar de proximidade e partilha (seja do que for) … ao isolamento de quem não passa o Natal em família, ou de quem não festeja ou não acredita no Natal, ou até de quem tem raiva ao Natal e anseia profundamente por um novo ano … ou até ao Natal daqueles que não sabem que o Natal existe e/ou vivem tranquilamente mais um dia na sequência dos dias da sua vida… Tudo isto é Natal!

Contudo, o Natal em si não é nada. É vazio, neutro, indeterminado, indefinido, ilimitado … nós é que fazemos dele aquilo que ele é. Nós é que o definimos e lhe atribuímos forma, tempo, sentido e valor. Tantas vezes ouvimos dizer por aí que      “o Natal é quando um homem quiser”… e, no meu entender, esta afirmação parece-me profundamente real. E “eu diria mais”, o Natal é o que o homem quiser!

O Natal é aquilo que fizermos dele. E tudo é possível. Diria até mais, tudo está certo. Tudo é uma escolha pessoal (individual e/ou coletiva), mesmo que assim não pareça … ou mesmo que esta afirmação possa parecer arrogante e só possível duma pessoa que neste momento está confortavelmente sentada na sua casa, com acesso à eletricidade e à internet, e que na sua vida e neste momento, não tem nada mais prioritário para fazer, do que divagar acerca do Natal humano … sim, porque o Natal é uma criação exclusivamente humana, e não nos esqueçamos, apenas e só de alguns humanos.

A vida tem ininteligíveis caminhos e misteriosos modos de se declarar aos nossos olhos e de comunicar connosco. Por vezes, do nada temos uma revelação que nos capta a atenção e que, de algum modo, muda a nossa perspetiva dum ou doutro evento ou situação, abrindo-nos novos pontos de vista sobre aquilo a que, até então, chamávamos realidade. Às vezes estamos à procura dessa descoberta, outras vezes, nem por isso, surgindo-nos do nada. É assim a magnificência da vida que vivemos.

Tenho a desconfiança de que para a Vida é sempre tempo de Natal … é sempre tempo de nos oferecer um presente, seja daqueles que se podem comprar, como seja a garantia das nossas necessidades mais básicas, materiais e afetivas (sim, somos das pessoas mais presenteadas do planeta!), ou dos outros, que sem valor monetário, podem ter um valor incalculável na nossa vida. Mas como no caso de qualquer outro presente, é preciso estar recetivo para o receber, caso contrário, o presente fica com quem, inicialmente, se disponibilizou a oferecê-lo. A escolha é sempre nossa – se aceitamos ou não os presentes que nos dão, sejam eles o que forem ou venham eles de onde vierem. Sejam eles desejados, desafiantes ou inesperados …

Estou convicta de que a Vida não nos dá “presentes envenenados” … simplesmente porque se os “aceitamos” não são envenenados. À primeira vista, até podem ter esse sabor, mas se nos dispusermos e nos abrimos a novos modos de ver, sentir e saborear, se nos atrevermos a ir para além das aparências e procurarmos na sua essência, talvez descubramos alguma lição a aprender ou alguma bênção ali escondida … Os presentes da Vida são os verdadeiros presentes, aqueles que se sentem dentro de nós, que nos tocam o coração, e que por isso, são tão únicos e especiais. Esses sim, indispensáveis e incontornáveis.

Os presentes da Vida sentem-se e vivenciam-se. E o ato de sentir é pessoal, não é forçoso, não tem de ser todo igual, não tem de embarcar naquilo que os outros dizem ou pensam, não tem de nada … só tem de sentir, pois é essa a primeira premissa da nossa existência – a experiência. O pensar vem depois!

Mas o ser humano pensa! Nós pensamos e tantas vezes demais! Então, que ao pensarmos, saibamos usar essa maravilhosa ferramenta para interpretar com e em liberdade de ser … que não nos obriguemos a pensar, a sentir ou a ser aquilo que os outros querem ou pensam que nós devemos sentir, pensar ou ser.

É Natal, e então? O Natal não é obrigatório. O Natal não é real, a não ser que nós decidamos que assim seja, o Natal não existe por si … existe porque eu e tu, e tantos outros tus, decidiram que assim era … e está tudo bem.

Por mim, ainda bem que há Natal. Assim, pelo menos e para alguns de nós, existe um tempo marcado na agenda, em que, de alguma forma, estamos mais disponíveis para sair um pouco da correria desta insana vida que parece ter muita pressa para chegar à meta, e nos lembramos um pouco mais de quem, de algum modo, esteve presente e nos apoiou nesta nossa experiência de vida. Pelo menos nesta época existe algo mais solidário que desperta dentro de nós. Existe uma memória coletiva que é ativada e um vislumbre de compaixão que nos rasga o coração … Se é induzido e temporário? Talvez, mas é certamente uma oportunidade de sermos melhores e mais unos.

Mas para aqueles que escolhem um não-Natal ou que, pelas mais variadas razões, a vida lhes deu uma perspetiva diferente … não viver, não sentir, não pensar Natal … não têm de se sentir mal por isso. Não temos todos de acreditar no mesmo e da mesma forma. Por isso, que o sofrimento não se amplie ou se prolongue, pois …     O Natal não é obrigatório. O Natal nem sequer é essencial. O Natal não é indispensável. O Natal nem é real.

O Natal é aquilo que cada um de nós quiser que seja!

O Natal é só o Natal …

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